segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Primeiro passeio nesta viagem a Porto Alegre( dezembro/2010)...


Shopping Moinhos de Vento, em Porto Alegre...


O esquema ''kamikaze'' de Carpegiani no clássico ''San-são''...

Se tivesse dado certo, o que teria de gente ''paparicando'' o ''professor'' Carpegiani depois da ''ousadia'' do jogo de ontem...
Mas não deu, e não é difícil entender por que...
O São Paulo começou o clássico com uma zaga de 3 homens, montada especialmente para possibilitar os avanços do ''ex'' lateral-esquerdo Juán, que nunca retorna para marcar...No meio, apenas Carlinhos Paraíba e Rodrigo Souto ficaram com esta missão, enquanto o trio ofensivo Fernandão, Fernandinho, Dagoberto tentava suprir a ausência de um homem de área( centroavante)fixo...
A cada mexida, Paulo César Carpegiani tratava de deixar o time mais ''ofensivo'', na busca do gol de empate. As entradas de Marlos( por que não é titular neste time?)e Marcelinho Paraíba apenas reforçaram esta característica do tricolor paulista.
Sendo que, na hora do gol do Santos- em mais um contra-ataque- apenas 5 jogadores( Juán, claro, não estava entre eles)voltaram para marcar e, mesmo assim, ''assistiram'' a finalização do ataque do ''Peixe''...
Então o São Paulo jogou mal?
Não. Até meteu uma bola na trave, com Jean, quando o jogo estava apenas 1 x 0 para a equipe da Vila Belmiro.
O que assusta, porém, é que em todos os jogos praticamente até agora a equipe do Morumbi não tem demonstrado a mínima existência de um modelo defensivo. O jogo contra o Americana, no meio da semana, foi um exemplo disto: ganhamos, mas por 4 x 3...
A sensação que se tem, cada vez mais, é a de que o esquema defensivo está sendo ''sacrificado'' em prol de um estilo supostamente ofensivo.
O que ficou demonstrado ontem, definitivamente, é que botar 4, 5, 6 jogadores do meio de campo para frente- o tal esquema ''kamikaze'' de Carpegiani, o célebre ''tudo ou nada''- não é sinônimo de mais gols ou vitórias. 
Pelo contrário: quando a coisa não ''encaixa''- e ontem foi mais um exemplo disto- o resultado pode ser até mesmo o contrário do que se pretende. Se não tivesse ''respeitado'' demais o São Paulo, o Santos poderia ter saído com uma goleada da Arena Barueri...
Alcnol.

Decoração Natalina do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre- RS...

E olha que ainda faltavam uns 10 dias para  o Natal...

''Nem só de pão vive o homem''...

- ''E aí, foi bom?'', alguém me perguntou sobre o último filme da Diretora de cinema Sofia Coppola( ''Um lugar qualquer'', ou Somewhere no original).
Eis o raro caso de uma  película que não pode ser descrita em termos habituais. ''Legal'', ''bacana'', ''péssima''. Qualquer uso de palavras que empreguemos para sintetizar esta obra seria redutor, simplista.
Reconheça-se a habilidade da Diretora: fazer-nos sentir empatia, e até mesmo pena, de um personagem que tem ''tudo''- e passa o filme inteiro em hotéis de luxo, viagens, compromissos profissionais( embora nunca em ação, trabalhando de verdade), e ainda por cima relacionando-se com um número sem-fim de mulheres belíssimas- isto é prova de competência...Isto porque o normal seria que o indivíduo ''mediano'', como é o nosso caso, sentisse ''raiva'' ou ''inveja'', jamais pena...
Sofia Coppola filma como uma europeia, e não como uma norte-americana: a estória não tem ''clímax'', nem o clássico ''final feliz'' inevitável nas películas de Hollywood. 
Tudo é um pouco recorrente, repetitivo. Talvez para frisar que estamos diante de um personagem- um ator famoso- que parece estar à beira do descontrole total: insone, ele vaga por festinhas, ''cafungadas'', doses enormes de bebida e ''transas'' nas quais, hilariamente, ele acaba dormindo no meio...Normalmente são as mulheres que fazem isto, aliás...
A Diretora consegue, mesmo assim, fugir do tratamento ''monotemático'' dos filmes de seu país( para exemplificar melhor, os exemplos seriam os personagens ''sem vida'' do recente filme ''O Turista'', interpretados mecanicamente por atores de primeiro time...). 
''Um lugar qualquer'' não é uma tragédia. É tal o absurdo do universo com que deparamos nesta película que a plateia acaba mesmo indo às gargalhadas em algumas cenas( como aquela em que o ator famoso ''cochila'' diante de duas belas loiras gêmeas que faziam um provocante espetáculo de ''pole dance'' em seu quarto de hotel...).
Embora surpreendente, o universo retratado nesta obra não é novo. São vários os casos de celebridades que adotam comportamentos auto-destrutivos, para o assombro das multidões. ''Mas eles tem tudo'', exclamam as massas indignadas diante do caso da celebridade que foi flagrada no dia anterior roubando uma peça de roupa em uma loja, ou dirigindo alcoolizada, ou consumindo drogas, ou indo parar na cadeia após qualquer um destes comportamentos acima descritos ou pelo cometimento de outros...
Mas a Diretora Sofia Coppola não veio para solucionar estas incredulidades de pessoas comuns. O filme foge do modelo ''explicativo''. Dir-se-ia mesmo que estamos diante de uma obra de estilo ''naturalista'', com a abordagem quase de documentário. 
A película, repetimos, é uma sucessão de cenas- algumas, de conteúdo certamente meio auto-biográfico, tratadas com maior atenção pela Diretora. E aqui registre-se que o tratamento dado ao pai famoso destaca-se por uma dose relevante de generosidade: ''sacana'' com todos os que o rodeiam, em especial com as inúmeras mulheres que conquista, o personagem de Stephen Dorff só é bondoso com a filha...
É esta que ganha viagens, a atenção quase que exclusiva do pai imaturo- que chega a dispensar ''programas'' com beldades para dar atençáo á menina...Em determinadas cenas, os dois parecem duas crianças a brincar juntas em uma piscina...
Claro que toda esta atenção e carinho é passageira, e é disto que a filha se ressente: ao despedirem-se, ela reclama que os pais, em especial o pai, nunca estão presentes quando ela necessita. Com este simples comentário, ela desmonta por completo a impressão que tínhamos inicialmente de um relacionamento ''idílico'' entre ela e o pai( que, frise-se, desdobra-se para tentar agradar a menina nos raros momentos em que estão juntos...).
Não há ''clímax'', ou ''grand-finale''. Dispensa-se, para ganho dos espectadores, ''soluções'' simplistas ou demagógicas.
Embora a menina seja o receptáculo das preocupações da Diretora, e seu personagem tenha um forte conteúdo auto-biográfico, este não é uma obra infantil. Pelo contrário: Sofia Coppola filma como um adulto. Com cara, força, e estilo próprio- coisas difíceis de se encontrar no cinema atual( em especial o de Hollywood...).
Alcnol.

domingo, 30 de janeiro de 2011

O metrô de Buenos Aires...Caminho de volta...

Apesar do avançado da hora, quase 6 da tarde, este vagão de metrô que peguei- na estação ''José Hernandez'', linha ''Congresso de Tucumán- Catedral''- não estava lotado...
Visto assim, superficialmente, o ''subte''( metrô)argentino nem parece tão diferente...
Quem conhece Porto Alegre, constatará que não há grande diferença entre os metrôs das duas cidades: salvo pelo fato de que o argentino é subterrâneo, claro...
Por ser provavelmente o metrô mais antigo da América Latina, construído no início do século passado, o metrô de Buenos Aires tem a aparência de ''trem subterrâneo'': janelas abertas, e não ar-condicionado, para facilitar a circulação de ar- eis uma de suas características...E os bancos são de madeira, como nos...TRENS de antigamente...
As fotos são da Estação Bulnes, nosso ponto final. Proximidades do Shopping Alto Palermo( mostrado aqui anteriormente). Dali faríamos ainda um longo percurso pela Avenida Santa Fé, aproveitando os últimos momentos de luz natural na capital argentina( o sol se põe lá por volta de 20h30m, ou 19h30m no horário local).
Se o ''trem'', digo, metrô é um pouco ''velhinho'', reparem que eles  não economizaram na decoração das estações( muito bonita, por sinal...).
Alcnol.
PS: A partir deste post, prosseguiremos com a sequência desta viagem. Já em território brasileiro( começando por Porto Alegre-RS...).

''Último'' passeio em Buenos Aires...Desta vez, claro...

Nossos passeios, tanto aqui quanto no exterior, possuem um certo elemento de incerteza. Isto porque sou adepto do ''meio-termo'' em relação a planejamento de viagens: uma organização mitigada, limitada, com margem a pequenas surpresas...
Acho que um pouco de insegurança, novidade, é o que dá ''tempero'' a estas viagens...
Em outras palavras, é possível até mesmo que nos ''percamos'' por alguns momentos. Sem saber para onde estamos indo, e nem de que forma...Foi assim que a América foi descoberta...
Evidentemente que uma ''perda'' total só seria possível no meio do mato, e não em um grande centro...Nestes sempre restam os tradicionais recursos do ônibus, do trem, ou mesmo- como no caso- do metrõ...
Após o almoço no ''La Cabrera'', em Palermo Viejo, seguimos pela Avenida Córdoba com destino ao que imaginávamos ser Palermo Hollywood...
O que encontrei neste passeio entre as Avenidas Córdoba e Cabildo, onde finalmente tomei o ''subte''( metrô)de volta?
Um cenário um pouco distinto do resto da cidade. O grafite mostrado em uma das fotos foi tirado em uma região que se parece bastante com a Vila Madalena, em São Paulo: uma área meio ''boêmia'', com casinhas, área verde, crianças brincando na rua e, claro, grafitagens nas paredes...
O mercado imobiliário, restringido no centro expandido de Buenos Aires, tem bastante campo ainda por ali: novos prédios são erguidos, bem mais altos do que os da região central...Espaço é o que não falta por ali...
Claro que não são estes prédios novos o motivo de passearmos por ali: o resultado da especulação imobiliária se parece no mundo inteiro, e em Buenos Aires- assim como em São Paulo- não seria diferente...
Mas o foco deste post não são os edifícios. Na verdade, sequer fotografei algum...Neste passeio de mais ou menos uma hora, uma hora e vinte minutos, voltei minha atenção- como de costume- para o que há de mais tradicional por ali. Ruazinhas tranquilas, casas e edifícios baixos- com cerca de dois ou três andares...
Novidades e tradição convivem, pelo menos até o momento, com uma inusitada harmonia...
Este foi o ponto mais distante a que fui em minha breve passagem pela capital argentina. Quisera ter ido ainda mais longe, mas o tempo curto não me permitiu...
Alcnol.
PS: No próximo post, o retorno de ''subte''( metrô)...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Último dia em Buenos Aires: almoço no bairro de Palermo...


''Deve ser muito bom este restaurante La Cabrera'', pensei ao chegar ao lugar( Calle José Antonio Cabrera, 5127- Palermo Soho)...
Isto porque não havia apenas um só ''La Cabrera'', e sim DOIS...
E um quase ao lado do outro...
Como decidi conhecer este estabelecimento? Ele consta do ''Guia 4 Rodas Buenos Aires 2011''. Está na categoria ''restaurantes argentinos''.
O mínimo que se pode dizer é que é um lugar bastante acolhedor, caloroso...
Ao fundo havia até uma área aberta, em uma espécie de jardim. Mas o melhor estava mesmo lá dentro: a decoração informal nas paredes, que vocês podem ver nas fotos. Conversas animadas em todas as mesas ao nosso redor, com várias pessoas falando em castelhano. Garçons prestativos que até arriscam algumas palavrinhas em português, de tanto atenderem turistas do nosso país...Mesmo assim, acho que é uma questão de respeito tentar falar na língua do país que estou visitando( ao menos na América Latina...). Por mais complicado que seja, é uma prova de consideração- e ainda evita ''mal-entendidos''... 
Como prato principal, um magnífico exemplo da qualidade das carnes argentinas: ''lomo com pimenta''. Acompanhado de salada e diversos condimentos...
De sobremesa, ''flan''(  na verdade o nosso ''pudim'')com dulce de leche, e trufas geladas com creme de frutillas.
Definitivamente, o ''La Cabrera'' está incluído- com toda a certeza- em nossa lista de lugares a retornar em nossa próxima visita a Buenos Aires...
Já advertindo que esta não é uma cidade a se conhecer em uma vez só, mas em, pelo menos, umas 5 a 6 viagens...
Alcnol.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Passeio pelo centro de Buenos Aires: final( Plaza San Martín)...

Localizada no final da Calle Florida, e nas proximidades do Rio da Prata, a Plaza San Martin estava um tanto ''tórrida'' no momento em que a visitamos, em nosso último dia em Buenos Aires...
33 graus era a temperatura...
Natural encontrar turistas estrangeiros deliciando-se sob aquele sol, tão raro em alguns países europeus naquela mesma época...
No entanto, também encontramos cenas inusitadas: executivos, em mangas de camisa( comprida, por sinal), deitados na grama...Alguns até mesmo sob o sol também( o ''astro-rei'' está presente na bandeira azul celeste da Argentina, com grande destaque- talvez um pequeno sinal do grande amor que os nossos vizinhos também lhe dão...).
Para mim, àquela hora do dia( 15h15m marcava a minha máquina fotográfica, ou 14h15m em Buenos Aires- que não tem ''Horário de Verão''), era chegado, enfim, o momento do almoço. Que mostraremos no próximo post( ''Meu último almoço na Argentina- desta vez'')...
Alcnol.
PS: Difícil também foi tentar ''driblar'' as equipes de filmagem que se postavam exatamente em frente aos monumentos da Praça...Em uma completa inversão de papéis, eram eles que, de vez em quando, ''autorizavam-nos'' a passar de uma  área para outra da Plaza San Martín...

Plaza San Martín, no centro de Buenos Aires...Turistas descem do ônibus, após um ''city-tour''...


O melhor jogador de futebol do mundo é...argentino...

Desculpem-nos aqueles aos quais o chamado ''patriotismo'' impede de ver a realidade.
Este anúncio com o craque Lionel Messi foi fotografado por nós na Calle Florida antes mesmo dele ganhar o título de ''Melhor do Mundo'' pela segunda vez seguida...
Os verdadeiros amantes do futebol haverão de enxergar a realidade por cima de ''rivalidades'' nacionalistas...
Já os argentinos, darão ênfase à nacionalidade de Messi: ''o melhor jogador do mundo é argentino''...
Alcnol.
 

Na Rua Florida, em Buenos Aires, uma filial da Livraria ''El Ateneo''...

Não tivéssemos visto a Livraria ''El Ateneo Splendid''- instalada em um antigo teatro, com 3 andares repletos de livros, na Avenida Santa Fe( Recoleta)-  ficaríamos bastante impressionados com esta filial da Calle Florida.
Afinal, trata-se de uma bela livraria: dois andares, diversos ambientes, e um interessante café/restaurante nos fundos.
Um estabelecimento para ninguém botar defeito, concluímos.
Tanto que fizemos mais algumas aquisições literárias ali, às vésperas do final da viagem...
Mesmo assim, a lembrança da ''outra'' El Ateneo não nos sai da memória e, se pudéssemos visitar apenas uma livraria em Buenos Aires, seria a ''outra''- a do Teatro Splendid- que faríamos questão de visitar...
Fazer o que? 
Acontecimentos marcantes como aquele, que mostrei posts atrás, são os que mais facilmente permanecem em nossas mentes...
Se pudesse ficar apenas algumas horas em Buenos Aires, em um voo do tipo ''bate-e-volta'', ''El Ateneo Splendid''- uma das mais belas livrarias de todo o mundo- seria o lugar a visitar por estas poucas horas...Com direito a um cafezinho, acompanhado por uma torta de chocolate que provei na outra vez...
Alcnol.
PS: Que estas palavras não sirvam como ''crítica'' a esta bela filial da Livraria ''El Ateneo'' da Calle Florida, uma boa livraria dentro dos padrões de exigência de qualquer leitor...Só que não dá para esquecer a sua ''esplêndida''(  fazendo um trocadilho com o nome do teatro)matriz...

Rua( ''Calle'')Florida, no centro de Buenos Aires...

Não dá para falar em Buenos Aires sem mencionar esta que é um verdadeiro epicentro da capital argentina: a Calle Florida.
Em meio à especulação imobiliária, e propostas mirabolantes de construção de mais túneis, avenidas, ruas- sob os aplausos da ''multidão motorizada'' do mundo inteiro- a concepção de uma área exclusiva para pedestres( que abrange não só esta rua Florida como ruas vizinhas)ainda continua a ser uma ideia revolucionária...
Que certamente deve ter inspirado iniciativas em cidades como a de Curitiba, que teve a sua Rua XV de Novembro( também apelidada de ''Rua das Flores'')fechada definitivamente para automóveis no distante ano de 1971, pelo ex-Prefeito Jaime Lerner...
Para se ter uma ideia das dimensões desta ''Calle Florida'' de Buenos Aires, basta lembrar que são vários quarteirões entre o seu início- nos arredores da Plaza de Mayo- e o final( nos arredores da Plaza San Martín).
Durante este passeio, encontra-se um pouco de tudo: vendedores que apregoam as vantagens das roupas de couro( uma especialidade argentina), casas de câmbio, o Shopping Galerias Pacífico- que mostramos em um post anterior- e algumas livrarias( uma das quais será mostrada aqui no próximo post...).
A Calle Florida- cercada por diversas ruazinhas também exclusivas para pedestres, nas quais é possível encontrar outra raridade: diversos cinemas de rua- é meio ''caótica'' mesmo, e nisto reside boa parte do seu charme...
Alcnol.



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estação Lavalle, do ''subte''( metrô)argentino...

O metrô de Buenos Aires é um dos mais antigos do mundo, datando do início do século passado. Suas 5 linhas cobrem boa parte da capital da Argentina. 
Sem contar que a passagem é bem barata: menos de 1 real...
Por outro lado, o choque de um visitante estrangeiro é grande diante de instalações tão antiquadas...
Não é o que mostramos neste post, bem pelo contrário: aqui o destaque vai para a decoração de uma das estações- Lavalle- do centro de Buenos Aires...
Mas os vagões do metrô que estamos mostrando- que aparecerão com mais detalhes no final deste último dia de passeio na capital argentina- são muito antigos, semelhantes a trens subterrâneos que trafegam com as janelas abertas( nada tão moderno quanto o ar-condicionado foi adotado ainda por lá...).
O metrô de uma cidade não deixa de ser um de seus ''cartões de visita'', e o de Buenos Aires é isto: antiquado, meio feio, porém útil para quem deseja transitar entre atrações turísticas...Como nós, neste último dia em Buenos Aires...
Ao andar neste metrô- comparando-o aos de São Paulo e Santiago, cidades latino-americanas que conhecemos- é impossível deixar de pensar que, ao menos em matéria de transportes públicos, o país vizinho parece ter ''parado no tempo''...Os ônibus também, que não utilizamos desta vez mas que vimos transitando por diversas avenidas, parecem ter 20/30 anos de idade...
Sem o menor traço de ufanismo- ao contrário, sempre me acusaram de excesso de simpatia pelo país vizinho( em especial durante confrontos futebolísticos...)- mas, ao vê-los, qualquer brasileiro teria a impressão de que os nossos veículos bi-articulados( exportados até para o Chile)são bem mais modernos...
Alcnol.
PS: Próxima parada- Rua Florida...

Buenos Aires: a maior( la ''mas grande'')Avenida do mundo é argentina...Avenida 9 de Julio...

Como uma criança, rio diante da possibilidade que o idioma castelhano nos dá: ''más grande''...
Quantas vezes não fomos corrigidos duramente em nossas infâncias diante de ''erros'' semelhantes ditos em português: ''mais grande não. Maior! Maior!''. E acabamos nos curvando, cedo ou tarde, diante da força e estridência de nossos pais ou professores. Até o momento em que deparamos, em países não distantes do nosso, com o ''más grande''. Hora de nos ''liberarmos'', repetindo triunfalmente: ''más grande'', ''más grande''...Uma vitória tardia, mas, ainda assim, nosso pequeno triunfo secreto de meia-idade...
Mas não desviemos do tema principal deste post: a ''maior avenida do mundo''( somei 7 pistas de cada lado da parte central, sem contar as pistas locais situadas nos dois lados da Avenida)é esta aí: Avenida 9 de Julio, em Buenos Aires...
Ela abriga o Obelisco, local de festas, comemorações e protestos. Juntos, estes são dois símbolos nacionais- ''cartões postais'' da capital argentina...
No entanto, o fato de abrigarem a ''más grande'' Avenida do mundo não é motivo para manifestações efusivas de nacionalismo: a 9 de Julio vive congestionada...Se for dia de ''piquetes'' e marchas então, que costumam paralisá-la por completo...
Mais uma prova de que soluções urbanísticas que privilegiem veículos automotivos estão inevitavelmente fadadas ao fracasso...É preciso investir massivamente em transporte coletivo, além de meios de transporte alternativo como bicicletas...
Nossa maior curiosidade aqui, neste passeio pela Avenida 9 de Julio, foi descobrir o que eram estas bolinhas coloridas espalhadas por toda a cidade de Buenos Aires. Decoração natalina, vejam só...
Alcnol.